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Pico de Sondagem – Um Erro Comum Na Interpretação da Sondagem SPT

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Pico de Sondagem – Um Erro Comum Na Interpretação da Sondagem SPT

Olá, tudo bem? Neste artigos nós vamos identificar dentro do tema Leitura e Interpretação de Sondagem SPT, um dos piores erros que qualquer engenheiro pode cometer, a não homogenização de Pico de Sondagem.

Se você ainda não conhece ou tem dúvidas sobre a famosa sondagem SPT, acesse o artigo que criamos clicando no link abaixo:

nelsoschneider.com.br/laudo-de-sondagem

Talvez você saiba talvez não, mas as sondagens podem estar sujeitas a alguns picos de falsa resistência.

Esses picos são causados por alguns motivos, como:

  • Quedas de cascalho e pedregulhos de camadas mais rasas já atravessadas;
  • Presença de pedregulhos imersos em uma camada de solo mais mole (face a relação entre o diâmetro do pedregulho e diâmetro do amostrador, dificultam e obstruem a passagem do equipamento de sondagem).

Isso aumenta de forma irreal os índices de resistência SPT das camadas afetadas.

“Mas Nelso, como eu identifico picos de sondagem na minha sondagem SPT?”

Muito simples…

Normalmente os picos de resistência são percebidos quando há uma crescente abrupta e discrepante na resistência (número de golpes), que consideramos como pico.

De maneira simples, o número de golpes dobra de valor em camadas de pouca espessura (≤2m).

Veja o exemplo abaixo:

Pico de Sondagem SPT
Imagem retirada do livro: Engenharia de Fundações (Dickran Berberian)

Imagina considerar essa resistência absurda no seu projeto…

Problema na certa!

Agora é que vem a grande pergunta: o que fazer?

Nesse caso devemos reduzir o NSPT pico para o valor médio entre o NSPT anterior e o de pico.

“Não entendi Nelso…”

Vamos a um exemplo numérico utilizando a imagem já mencionada.

No exemplo a camada entre 3 a 4 metros tem resistência de 20 golpes, e a camada de 4 a 5 metros tem resistência de 50 golpes, ou seja, repentinamente a resistência mais que dobrou.

Por questão de segurança, recomenda-se reduzir esses valores para o valor médio (20+50) / 2 = 35 golpes.

Na camada de 5 e 6 metros a resistência foi de 35 golpes, e na camada de 6 a 7 metros a resistência foi de 25 golpes. Percebemos que nesta última camada (6 a 7m), o NSPT não variou excessivamente, desta forma não há necessidade de correção do diagrama de resistência do NSPT. Recomenda-se mesmo assim, comparar com outros furos da obra.

Essas características podem ser verificadas na imagem já mencionada, que mostra o perfil de sondagem SPT inicialmente com pico, e depois o perfil homogeneizado.

Esse assunto é importante pois utilizamos os dados da sondagem SPT para realizar o dimensionamento das mais variadas fundações, como as sapatas. Você pode ver um exemplo disso em um vídeo que eu gravei para o meu canal do YouTube a algum tempo atrás clicando aqui.

O que eu escrevi te ajudou? Se sim, curte esse artigo e deixa um comentário que vai ser um prazer falar com você. Se não, deixa uma sugestão para melhorarmos, o que eu quero é te ajudar da melhor forma.

É sério…

Por incrível que pareça eu estou aqui do outro lado esperando a sua resposta 🙂

Espero ter ajudado,

Eng. Nelso Schneider

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